terça-feira, 6 de julho de 2010

Análise do texto "Ordem Natural e Ordem Cultural do tempo"

No texto de V. R. Garcia, o tempo pode ser dividido em natural e cultural, o primeiro é entendido como nascer, viver e morrer e, o segundo marcado pelo relógio.
Na Idade Média, o tempo era marcado pelo nascer e pôr-do-sol, pelas estações, o dia era aproveitado em suas 24 horas; o trabalhador era contratado para trabalhar por um período, como um ano, uma colheita, e ele convivia com seu empregador.
A partir da Revolução Industrual, do advento das máquinas e dos relógios, o tempo começou a ser medido por este, que com seus doze números, mais as indicações e os dois ponteiros, passou a ser o "carro-chefe" da vida da sociedade. Aqui, os trabalhadores passaram a ser contratados por um determinado número de horas, que não podem ser desperdiçadas, têm que ser trabalhadas exaustivamente.
A jornada de trabalho diminuiu com o passar dos anos, concomitantemente, aumentando as horas destinadas ao lazer. Todavia, não é isto o que acontece, pois o homem não sabe lidar com o ócio, ele tem que estar o tempo todo ativo. As horas que deveriam ser destinadas ao lazer ganham novas ocupações, pois o tempo não deve ser desperdiçado, o que representa bem uma das frases mais pronunciadas entre os homens de negócio "tempo é dinheiro".
Com o advento das novas mídias, principalmente a TV, o tempo passou a ser marcado por elas, exemplo: "A que horas você vai sair? Depois do Jornal das 8".
No filme de M. Mazagão, Nós que aqui estamos por vós esperamos, percebemos que a rapidez, a agilidade e angústia são grandes marcas do século passado, que trouxe com ele a depressão, uma das doenças mais presentes atualmente. Reclamamos o tempo todo da falta de tempo, mas será que o organizamos corretamente? Ou o afastamos com atividades desnecessárias? O que é ou não necessário? São perguntas que poucos se fazem e, mesmo assim ainda encontram dificuldades em respondê-las.

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