quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os quatro Is da Comunicação Digital

Identificar
Olhar o que está acontecendo e pensar em algo diferente, relevante e inovador.
Nem sempre isso é possível, como também em muitos casos uma simples ação pode resolver o problema do cliente, mas é preciso que nós, planners, estejamos atentos diariamente para identificar oportunidades relevantes às nossas marcas e consumidores que sejam impactantes. Em muitos casos, uma nota no rodapé de uma revista de credibilidade pode render dar um insight altamente interessante.


Ideia
O insight veio, mas como transformá-lo em algo tangível que possa ser apresentado ao cliente?
Insights nem sempre, aliás quase nunca, são ideias prontas. Precisam ser desenvolvidos com calma – analisando todos os lados, olhando o que essa ideia trará de relevante à comunicação, se será impactante ao consumidor e se vai gerar negócios para o nosso cliente.
Em muitos casos, uma mega ideia fica inviável de ser feita enquanto uma ação de e-mail marketing segmentado é mais simples, ágil e eficaz. É preciso analisar caso a caso para tomar uma decisão estratégica.

Intenção
O cliente (da agência) tem a intenção de fazer algo baseado na ideia identificada? É hora e momento? O consumidor (do nosso cliente) está preparado para ser impactado por uma comunicação baseada naquela ideia?
Muitas marcas têm em seu DNA a inovação, mas nem todas tem no seu dia-a-dia esse conceito. As marcas são geridas por pessoas, que decidem se querem ou não arriscar em alguma coisa, sempre entendendo que se der certo receberão “parabéns” e se der errado estão “na rua”. O mundo corporativo não é fácil.

Investimento
Identificada a oportunidade. A ideia é uma grande sacada que agradou a todos (agência, cliente, potencias consumidores). A marca tem a intenção de realizar uma ação alinhada com o que a agência propôs
Mundo ideal. Mas há verba? A internet ainda é uma mídia nova, logo, fica com uma “sobra”. Será que a marca tem verba destinada para a web, para aquela ação?
Convencer o cliente a fazer uma ação na web nem sempre é fácil. Por um lado nós agências temos que ser inovadores, entender tendências, movimentos, comportamentos; por outro os gestores de marca têm que avaliar se vale mais a pena fazer aquele hotsite com ações no Twitter, Orkurt, Facebook, YouTube e links patrocinados ou se um banner na home do UOL não vai gerar mais resultados.

Continuemos a ser pró-ativos como agências, claro, mas vamos tentar acertar mais sendo pró-ativos entendendo o momento dos nossos clientes e o quão aberto eles estão para boas ideias. O Brasil é um dos países mais criativos do mundo. Temos que aproveitar e valorizar essa nosso lado.
Por: Felipe Morais

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tendências/ oportunidades em marketing interno

1. Comunicação da identidade interna (Missão, Visto e Valores) e disseminação/ acompanhamento dos indicadores de performance contidos no BSC da companhia.

2. Engajamento do colaborador. Sugestão: desenvolva um programa anual em que a participação dos colaboradores em iniciativas promovidas pelo RH seja recompensada. Podemos pensar em ações para promover a qualidade de vida do funcionário, ações ligadas à sustentabilidade, ações de responsabilidade social, participação em treinamentos/preocupação com o auto-desenvolvimento. A adesão a cada iniciativa pode ser então recompensada com pontos/selos que dão direito a resgates periódicos de prêmios exclusivos do programa, além de uma grande premiação final.

3. Alinhamento com marketing externo da companhia. Por que não envolver o colaborador "ativamente" como participante de uma campanha que impactará o público externo? Seja por intermédio do uso das redes sociais, em iniciativas de MGM "member get a member" ou mesmo em um comercial/anúncio em mídias de massa.

4. Sustentabilidade: assunto da vez, sob o ponto de vista de marketing, torna-se praticamente uma obrigação das corporações promoverem iniciativas que incentivam o consumo sustentável e trabalham a conscientização do colaborador, como economia de papel, de energia e de água, falando do ponto de vista ambiental, ou participação de ações para ajudar empresas do terceiro setor/projetos de responsabilidade social.

5. Uso das redes sociais: dados do meio digital apontam que as empresas brasileiras estão entre as mais "controladoras" do mundo, impedindo seus colaboradores de acessarem canais como o twitter, monitorando ou proibindo o que cada um expressa nas redes, dificultando até mesmo o acesso a plataformas de community marketing proprietárias desenvolvidas pela organização para o público externo. Até quando vamos continuar nos enganando, decepcionando nossos colaboradores, perdendo um importante canal para engajamento e, o pior, perdendo talentos desestimulados por atitudes como essas? Falando da geração Y, esse impacto negativo do "controle voraz" é ainda maior.

6. Endomarketing para geração Y: falando dos jovens que hoje estão entre 16 e 28 anos, sangue novo nas empresas brasileiras, que oferecem alto nível de formação, iniciativa e criatividade para as organizações em que trabalham, mas que exigem certo grau de liberdade para tomar decisões, pedem flexibilidade, mais do que remuneração, esperam oportunidades de aprendizado e desafios profissionais respeitando a esfera privada, valorizam acima de tudo um clima agradável e que estimule a iniciativa e uma comunicação fluída e aberta. Parece-me essencial trabalhar a comunicação interna com todos os pontos acima citados como ferramenta para desenvolver e reter esse jovem.

Fonte: O Mundo do Marketing

terça-feira, 15 de junho de 2010

O segredo da (boa) Pesquisa

Por:Cristina Panella

O aquecimento do debate eleitoral em face da confirmação das principais candidaturas traz novamente à cena as discussões sobre as pesquisas político-eleitorais. O momento é, portanto, propício a trazer para nossa discussão algumas das características intrínsecas ao ofício da pesquisa, ofício esse reclamado por muitos, em vias de regulamentação¹.

Acirram-se as discussões sobre a credibilidade – não dos políticos, nesse caso – mas dos institutos de pesquisa, perdendo-se de vista as razões históricas (políticas) e técnicas (métodos) que explicam a performance de cada um. Falar um pouco sobre essa questão representa a oportunidade de discutirmos as características básicas da pesquisa na área de ciências humanas.

Costumo afirmar que o verdadeiro calcanhar de Aquiles da pesquisa é a observação, ou seja, a coleta dos dados. Qualquer outra falha no processo – na codificação, na tabulação, no processamento, na descrição ou na interpretação dos dados pode ser sanada. Com exceção da falha na observação. Se o dado a observar não for coletado corretamente, só há uma coisa a fazer: recomeçar a pesquisa do zero. Há diversas razões para isso – e terei a ocasião de falar sobre elas - mas duas características, intrínsecas ao ofício do pesquisador, parecem-me fundamentais. Não se deixe enganar pela obviedade das afirmações contidas nos títulos. Vejamos:


1. O objeto a observar é humano

E isso não é uma coisa simples. Nas ciências naturais, a observação se vale de instrumentos de medida físicos que excluem a possibilidade de influência humana exterior. Esse não é o caso das ciências humanas. No exemplo clássico, em uma sala de aula com temperatura a 20º, dois indivíduos que venham, um de um ambiente mais frio (uma câmara frigorífica, por exemplo, a 0º) e outro de um ambiente bastante mais quente (uma sala de fundição a 30º) estarão de acordo sobre a temperatura da sala (e o termômetro estará lá para comprovar). No entanto o fato de sentirem calor ou frio – não dispondo de nenhum elemento de medida externa – deverá ser considerado igualmente verdadeiro! A importância do declarativo (e voltarei a ela quando conversarmos sobre percepções e sobre indicadores) é questão central na análise de resultados (principalmente nas pesquisas sobre comunicação interna)



2. O observador também é um ser humano

Na ausência de instrumentos de medida físicos, muitas vezes é o próprio observador que funciona como instrumento de medida – acarretando riscos de interferência de sua própria personalidade (bem como de pré-conceitos e pré-noções) sobre os resultados da observação. E esta é uma das principais dificuldades quando se fala em observação na área das Ciências Humanas. Donde a preocupação dos profissionais e associações do setor² em qualificar os pesquisadores de campo. A objetividade do pesquisador é, portanto, questão central na qualidade da pesquisa.

Voltando às pesquisas política, dois dos principais institutos brasileiros - IBOPE e DATAFOLHA - utilizam procedimentos metodológicos diferenciados na seleção dos respondentes, mas já bastante provados. Tendem, também, a aproximar as datas das diferentes tomadas (o chamado “campo”), assim como encurtá-las ao máximo, sabedores que são do fato da pesquisa de opinião ser considerada uma fotografia instantânea que capta, também, as oscilações provenientes da exposição maior ou menor dos candidatos. O que, em hipótese alguma delimita seu valor: a análise da série histórica (e das médias móveis que hoje os jornais trazem) é excelente subsídio para o entendimento da opinião. Pode-se esperar pouca diferença entres os resultados apresentados na fase que antecede o voto real - mas grandes diferenças surgem nas pesquisas de boca-de-urna (função, muitas vezes, de apostas diferenciadas sobre as regiões cobertas).

Imaginem, então, a importância da observação daquele pesquisador de campo – o entrevistador – quando solto com os questionários em punho. Qualquer entonação diferenciada pode provocar respostas diferenciadas. Supervisores e analistas se debruçarão sobre a consistência das respostas sem dúvida. Ainda assim, todo o trabalho técnico e analítico que será realizado dependerá dessa etapa inicial e fundamental: a observação.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mídias sociais nas empresas no Brasil

A Deloitte acaba de disponibilizar um documento chamado “Mídias sociais nas empresas – O relacionamento online com o mercado”. As empresas no Brasil, em geral, ainda não utilizam as mídias sociais como estratégia para seus negócios. Existem boas intenções, boa vontade, mas pouca realização.
A pesquisa mostrou que a maior parte das ações em mídias sociais está atrelada a campanhas de marketing, portanto, não nos surpreende saber que é o departamento de Marketing que comanda as iniciativas em 73% das empresas pesquisadas. O TI é o segundo departamento mais presente nestas ações, com 16%. As mídias sociais são ferramentas muito interessantes para o atendimento ao cliente e para o desenvolvimento de um ambiente mais colaborativo dentro das empresas.
O estudo aponta a falta de tempo e a mobilização como os principais obstáculos apontados pelas empresas na execução de suas estratégias em mídias sociais. “Em seguida vem a falta de conhecimento em gestão de mídias sociais, a falta de tempo assinalada por grande parte dos respondentes requer a reavaliação da necessidade de recrutar um profissional, uma equipe dedicada ou terceirizar o serviço para cuidar das iniciativas em mídias sociais". Isso é muito importante.
Abaixo seguem dez dicas para fazer com que as estratégias em mídias sociais sejam bem-sucedidas:
1- Obter o apoio dos executivos líderes da empresa;
2- Desenvolver disseminadores internos;
3- Começar em mídias sociais por pequenos passos;
4- Definir o objetivo central dessa estratégia e desmembrá-la em objetivos menores;
5- Trabalhar com governança flexível;
6- Definir papéis e responsabilidades claras para a equipe responsável;
7- Estabelecer políticas e orientações de uso de mídias sociais claras e com linguagem simplificada;
8- Avaliar os impactos e riscos que as mídias sociais podem trazer para os processos e negócios da empresa;
9- Encontrar a melhor forma de mobilizar seu público;
10- Definir a linguagem que deverá ser usada.

Enfim, trata-se de um excelente conteúdo para todos aqueles que estudam redes sociais corporativas.

Fonte: blog A quinta onda

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O conhecimento adquirido

Tanto se fala sobre o futuro da comunicação com a ascensão das redes sociais, entretanto, não paramos para refletir que não é possível transformar em conhecimento todas as informações que nos chegam.
O twitter, com suas mensagens rápidas e curtas, nada mais é do que um resumo dos jornais. Quando o jornal do dia seguinte chega, muitas informações já foram lidas, seja pelo twitter, facebook, sites de notícias. Fala-se em diminuir de 140 caracteres para 100, consequentemente, diminui-se a informação também. Com a correria do dia -a- dia, quanto mais curta a mensagem, mais tempo se tem para realizar outras atividades. Mas no que gastamos o tempo economizado? Ele é dedicado ao lazer? Ao descanso? Ou a mais trabalho?
Para que todas essas informações sejam transformadas em conhecimento é necessário tempo para assimilar, questionar, analisar e entender o propósito das mesmas. Infelizmente isto não está sendo possível, pois a velocidade não admite esta pausa, ela quer agilidade, pensar sem questionar, como a publicidade barata, que não intenta em acrescentar, mas em apresentar e esperar que compremos o produto anunciado.
Comunicar, diferentemente de informação, é simplesmente falar, sendo que o segundo tem um propósito, é algo que poderá ser usado na vida. Concomitantemente, informação é diferente de conhecimento, pois este necessita que o primeiro seja realmente efetivado.
Cada um deve analisar o que realmente acha importante, para que as informações não fiquem soltas no meio de tantas outras, com assuntos que nem sempre são de nosso interesse. Selecioná-las é a maneira mais fácil e direta que temos para continuarmos atualizados.